sábado, 17 de novembro de 2012

Quem? Nós?

O ser nó em nós.
O ser nós em nó.
Somos.

Esse blog é filho de uma escadaria. Essa escada, por ter seus degraus muito visitados, virou lar da poesia de um poeta. Esse poeta encontrou-me apenas por olhar. Ele entregou seu livro de poesia nas mãos de alguém que estava por me encontrar (e que sabia sobre a minha afeição aos poetas de escadaria). Assim, recebi seu livro. Olhei a capa. Sentei. Pesquisei cada detalhe com os olhos antes de abri-lo. Quando abri, desenhei cada desenho entre as páginas de mim. Ao terminar, além de sorrir com os lábios, sorri com o coração – é isso que a poesia nos causa, meu amigo. Pensei: “E se eu desse continuidade a esse projeto de literatura grátis?” Guardei a ideia n’algum bolso de mim e a levei para casa. De casa, foi para a sala de aula. Da aula, para a mente de todas as pessoas que escreveram no livro. De todos que escreveram, permaneceu com viva naqueles que aqui estão. Dos que aqui estão, está prestes a ir para suas mãos, seus olhos, sua mente, seu coração.
Somos nós de nós nasceu de uma escada, que chamou um poeta, que distribuiu sua poesia para o povo, que entre esse povo – lá estava eu – me encontrou que, ao me encontrar, trouxe-me uma ideia, que se transformou em ação, que agora se concretizou entre nossas mãos. E uma ideia move vidas, constrói sonhos e faz a gente conhecer o desconhecido de nós e dos outros, nos surpreendendo agradavelmente. Mudamos. Vivemos momentos que, de ontem em diante, viverão em nós. Carregaremo-los em mente para sempre.
Enquanto lê nossos nós, não carregue a nós somente, carregue  os pensamentos que distribuiremos entre palavras, carregue o que pensará ao conhecer o que pensamos. E quando pensar, continue pensando. Não ignore nem um canto, nem uma realidade, mesmo que esta seja repleta de maldade, pois só conhecendo o seu mal conseguiremos torná-la boa. Assim, distribuiremos seus nós transformando-os em laço; e de laço, forma-se a corda. Corda infinita. Corda dos fios do pensamento que sempre dependerá de você para existir. Pois, se não existir em você, não verá a existência dela no mundo. Então, antes de mais nada, temos de aprender a ser alguém que tem olhos que vêem e enxergam. 
Somos seis: Letícia Barbosa, Laryssa Guimarães, Tairini Pimenta, Luana Mesquita, Thiago Oliveira e Juliana Ferreira. Seis que decidiram seguir o caminho, o traço da corda que ainda inexistente no real, mas que desenhamos a cada segundo com o lápis e o papel de nós. E, é isso, esses somos nós.
Dos seis, quero somente uma coisinha: união, união, união. (Digo três vezes para se concretizar, como quem faz um pedido ao vento, a Lua, as estrelas.) E pode ser com açúcar também pra espantar o azedo e o salgado entre nós (só não exagera na dose de açúcar, Thiago).
Fiz uma escolha da minha vida neste ano. Ela mudou o meu curso todo, meu caminho inteiro, apesar de depender somente de duas palavras aparentemente simples: sim e não. Disse não. Com ele, muitos outros nãos me apareceram, tentaram me assombrar mas não conseguiram porque o sim foi maior, porque, no sim, estava vocês. E não há não que possa vencer tal sim. Por isso, estou com vocês. Por isso, não me arrependo. Por isso, sou feliz.
(Um parêntese só para fechar. Esse laço que estamos construindo, desatará qualquer nó intrometido que estiver disposto a nos desviar.)

A nós: muita inspiração e criatividade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente: desamarre um nó.